domingo, 13 de janeiro de 2013

A modinha nossa de cada dia

Perambulando pelo mundo mágico e devorador de mentes que é a internet, notei uma crescente necessidade entre as pessoas que frequentam as redes sociais - posso estar sendo altamente hipócrita ao escrever o que escrevo, mas isso não é uma crítica, é uma constatação -,  cada vez mais as pessoas postam  que leem loucamente, adoram Fernando Pessoa e Caio Fernando Abreu, citam Raul Seixas e Renato Russo. Nada contra, todos são ótimos artistas e sou super a favor das pessoas lerem, todos sabem que super apoio a leitura, nem que seja de histórias em quadrinhos. Mas não é disso que eu estou querendo falar, o que quero dizer é sobre a necessidade que as pessoas estão sentindo em serem reconhecidas pelos outros como sendo cultas e inteligente, não que elas não sejam, não me interpretem mal. Porém o que parece é que as pessoas querem que todos saibam que elas são assim, independente de ser ou não, como se reconhecimento do outro fizesse delas pessoas melhores, como se mostrar ser fosse mais importante do que realmente ser, oque é uma coisa triste, pois mostra como a nossa sociedade, além de dar maior importância para o ter do que para o ser, ainda valoriza mais as aparências do que o interior. Fico chateada com tudo isso, principalmente porque eu sou ruim e não gosto quando coisas adoráveis, como ler, começam a fazer parte da cultura de massas e torna-se modinha. É triste porque a cultura de massas sempre torna tudo pedante e sem graça, além de tornarem vitimas aqueles que já gostavam e faziam antes das coisas "pegarem", pois essas pessoas de antes são vistas como mais um que aderiu à moda.

No fim, tudo o que eu escrevi soa como uma revoltinha de um hipster que luta contra a cultura mainstream -beijos irmã-, porque atualmente criticar a cultura de massas faz parte da cultura de massas.