quinta-feira, 25 de julho de 2013

mais um ano


25 de julho, e eu estou de novo escrevendo sobre o meu aniversário. Não gosto desse dia, acho que no fundo nunca gostei, é o único dia do ano que eu tenho vontade de enfiar a cabeça na privada e me afogar, na privada mesmo, que é para ter uma morte bem trágica e deplorável. Eu não faço isso por vários motivos, mas não deixo de pensar que seria bem legal morrer no mesmo dia em que nasceu, imagine o ciclo de vida seria completo, um número redondo, nada de "87 anos, 7 meses e 21 dias", seria apenas "87 anos".

Entendo que 19 não carrega toda a carga emocional que fazer 18 carregava, e nem que em relação a diversas coisas, ano passado foi um ano muito mais crítico do que esse. Esse ano tá tranquilo, nada de muito inovador, a grande crise já passou e tudo que resta é o que sobrou e o fim das férias. Nada muito grave.

Sem contar que 19 é uma daquelas datas estranhas, nada é novo como quando você faz 18: "uhul, posso entrar nos lugares e assistir filmes adultos" e nem tem aquela coisa "humm, agora você tem 18". E nem é ter 20 anos, quando você realmente é encarado como adulto. 19 é tipo o meio termo, mais uma daquelas idades intermediárias que ninguém leva muito em consideração, tipo 17.

Não gosto do meu aniversário, por uma série de motivos, o principal talvez seja ter que agradecer aquele monte de felicitações de pessoas que com certeza nem lembram quem você é. Sou contra dar parabenizações assim, talvez seja por isso que eu não recebo tantas huahaha. Sem falar no cometários familiares de sempre "nossa, e pensar que fazem __ anos que você era desse tamanhozinho", pois é, ainda bem que eu cresci. E tem aquele momento estranho em que cantam parabéns, faço o que? canto também ou fico só sorrindo? Muitas dúvidas e momentos constrangedores, além do momento "crise existencial que sempre aparece e deixa o dia ainda mais feliz.. uhul.



domingo, 14 de julho de 2013

Reflexões sobre o que dizem por aí

Esses dias, na verdade acontece com certa frequência, aconteceu uma coisa que me irrita bastante, é uma coisa boba, mas que ainda sim é capaz de fazer com que eu queira estrangular o tal falador. Sei que não é nada demais e que eu sou psicótica e fico  me preocupando com coisas pequenas, mas sabe quando alguém, por curiosidade pergunta dos seus últimos relacionamentos e ai quando você fala a duração deles, essa pessoa curiosa apenas diz "ah, mas foi pouquinho tempo". Como assim pouquinho tempo? Quem é você pra me dizer quanto tempo é preciso para algo ter valor? Você nem sabe o que aconteceu pra dizer isso? Nunca leu a frase clichêzinha do Fernando Pessoa? 

Pois bem, esse é uma das coisas que mais me irrita, detesto quando as pessoas julgam algo sem conhecer, o fato do tempo é só uma coisa, tem tantas outras que me irritam quando falam ou quando eu leio. E os textos sobre o amor que adolescentes escrevem por aí, que amor só acontece uma vez na vida, que se acabou é porque não era amor e todas essas coisas, que hoje, eu encaro como sendo de crianças. Não me entenda mal, eu não quero amar se for pra amar uma vez só, pra mim esse amor é utópico demais e como tudo que é utópico, não existe. Já amei antes, várias vezes, e várias outras desamei também, e em todas as vezes era um amor diferente e ainda sim era amor, um amor que deixa um traço e que nunca some de todo, vai virando outras coisas, normalmente saudade. Eu amo tanto e com tanta frequência, que adolescentes ficariam loucas e me chamariam de dissimulada e de fácil, com certeza me chamariam de fácil, mas amar é uma coisa tão gostosa que não acho certo restringir a apenas um amor, que sabe Deus quando vai acontecer, prefiro assim, amar várias vezes e de vários jeitos. Eu amei o mocinho da estalagem naquela viagem, também amei aquele menino que eu chamava de melhor amigo, amei aquele personagem do livro que há muito tempo eu não leio, amei todos os meus namorados, amei aquele cordão que eu não tirava do pescoço e hoje nem sei mais onde está. Amei tudo isso e amei mais, pretendo amar bem mais, amar outro, amar o mesmo, amar rápido, amar devagar. Amar apenas porque o sentimento vale a pena.

As pessoas tem o habito de julgar o jeito que a gente tem de amar e de sentir, falam do tempo que é curto, do amor que não é verdadeiro, da forma que tá errada. Mas todas essas pessoas nunca estiveram no nosso lugar, não quero generalizar, não sabem do que é, talvez nunca sintam. E adolescentes, espero que não se apeguem tanto a esse amor que só vai acontecer uma vez, porque já pensaram se só acontecer com você? Perdeu sua única ficha de amor. 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

estragada, minha escrita está

Isso já faz algum tempo, não sei quanto tempo,  mas sei que é bastante tempo. Minha imaginação está estragada, na verdade tem mais coisa estragada, mas a imaginação é o que mais me pesa. Eu costumava ser tão imaginativa, e escrevia até que bem, quer dizer, eu sempre achei um lixo, mas havia quem gostava, Hoje acho que nem isso mais eu faço direito, minha escrita parece enferrujada, minhas ideias estão enferrujadas, parece que não sei mais escrever alguma coisa normal, como eu escrevia antes, diziam que era muito interessante a minha escrita, que meus leitores podiam até me ouvir falando, tão natural eram meus texto. Hoje não há mais nada, minha escrita está uma bosta. E minha imaginação está uma bosta igual.

Tento arrumar um culpado, o cursinho, o vestibular, o tempo, a noite. Mas a verdade é que culpa é toda minha, minha e da minha preguiça, que é uma companheira inseparável e com certeza não me permite ser um monte de coisa que eu queria, ela também não me deixa fazer milhares de coisas, não a culpa, ela é muito possessiva. Se minha imaginação sumiu, a culpa foi minha.


Já li, e acredito que seja verdade, que a imaginação não é algo natural, ela é adquirida com a prática e precisa ser exercitada para não se perder. Como? Lendo bons livros, mas bons livros mesmo, nada dessas modinhas lançadas por aí, livros criativos, instigantes, que fazem a gente esquecer que está sentado no quarto e acreditar que está lá no meio das páginas, vivendo a história. Sabe aquele livro que você abre em qualquer página e começa a ler avidamente, mesmo que não conheça a história? Esses são os melhores livros. Enfim, ler incentiva a imaginação, lembro de uma época em que as pessoas se chocavam, todos os livros que elas mencionavam, eu já tinha lido! Saudade desse tempo, de ler um livro de muitas páginas por semana, mas a preguiça não deixou que eu lesse. Isso vai mudar! se ela não atrapalhar meus planos.


Ah a preguiça, vou parar de deixá-la controlar minha vida, ou não. Voltar a escrever é uma esperança, onde já se viu jornalista que não escreve?