sábado, 24 de novembro de 2012

o medo não é do escuro, mas do que ele esconde

Troquei de celular. Não é uma coisa grande, todo mundo troca de celular o tempo todo e com muito mais frequência do que deveria, então trocar de celular não é uma coisa tão grande e nem uma novidade. Mas foi dificil tomar essa decisão de trocar o meu Corbyzinho, sou meio que apegada a ele, afinal me acompanhou por três anos em muitas etapas e também porque eu conhecia cada função, cada macete e defeito dele. Faz pouco tempo que troquei o meu querido aparelho por outro e as vezes sinto muita falta do antigo, tão conhecido e seguro, o novo parece meio impessoal e "não eu".

A sensação causada por esse estranhamento em relação ao novo aparelho me fez pensar em como mudanças são dificeis e de como eu estou bem próxima de uma bem grande e que vai mudar todo o curso da minha vida. Vestibular é uma bosta, consome cada segundo do meu e tempo e toda a energia do meu corpo, seja estudando desesperadamente, seja pensando em tudo o que vai acontecer se eu passar e tudo que o eu vou sentir se não passar, tem também a energia gasta me martirizando com medo de não conseguir e fracassar em algo que é tão importante tanto para mim quanto para os que me cercam... E é esse vestibular vagabundo e ingrato que determinará qual será a grande mudança na minha vida.

Há infinitas possibilidades do que acontecerá quando o maldito resultado do vestibular chegar, assim não tão infinitas, mas são várias. Porém essa não é o grande tema, mas sim a mudança que acarretará, não sou muito fã de mudanças, elas me assustam e me deixam nervosa e anciosa, nada bonito. E a ideia de ter que mudar tão rápido me deixa assim: com vontade de me agarrar ao que é antigo e habitual.Seilá, não gosto muito do que não conheço até conhecê-lo, tanto que não gosto muito do meu novo celular, mas daqui a pouco ele será tão conhecido quanto era o antigo, e hoje posso até não gostar muito da ideia da mudança, ou até gosto, mas tenho medo dela, porém quando enfim toda a transição tiver passado, eu passe a gostar dela.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dilemas de dormir

O problema não é acordar cedo, isso é fácil, o despertador me acorda todos os dias com uma música barulhenta e chata. A parte difícil consiste em não voltar a dormir, ou pior, em levantar da cama macia e quente que é tão acolhedora e protetora.

E é tão triste e difícil ter que levantar todos os dias, dormir é tão bom e bonito! Acho que o meu senso de preguiça é do tipo que funciona 24 horas por dia, independente da temperatura, porque até quando está frio tenho preeguiça de levantar e pegar outra coberta. Mesmo quando acordo em uma manhã de domingo sem o barulho do despertador, não tenho vontade de levantar. Então fico criando uma sequência sem fim de meios sonos até que começe a me dar dor de cabeça ficar deitada. O resultado é que não consigo dormir a noite.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

só não quero ser igual

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Álvaro de Campos - Lisbon Revisited
Das duas uma, ou nós somos caretas, ou a juventude está perdida - disse a velha de 18 anos.

domingo, 26 de agosto de 2012

muita coisa pra falar, mas pouco para escrever

Prometi a mim mesma que não escreveria sobre nada disso e que não revelaria o que está tão inscrito e quase lapidado na minha consiência. Não sou uma boa pessoa, som ruim e nem sempre tento ser melhor como é de se esperar de pessoas que sabem que não são boas. Tenho medo de não conseguir e me decepcionar no fim, e então acabo preferindo magoar as pessoas próximas com meus caprichos e dramas, não é bonito, é muito feio. Eu machuco as pessoas que chegam perto demais, mas nunca é minha intenção machucá-las, apenas acontece sem que eu perceba..



domingo, 12 de agosto de 2012

Pela primeira vez - parte I

Andava pela praia meio cabisbaixo, estava meio triste, infeliz. Nada dava certo em sua vida, não tirava boas notas, não tinha nenhum talento especial e até seus amigos lhe faziam deboche. Tinha 16 anos e sofria a pressão de nunca ter beijado uma garota, não que nunca tivesse tentado, só que elas sempre o viam como o amigo, o cara gentil e bacana, mas que não tinha aquela magia que os esportistas, os populares, os ricos tinham. Era apenas uma menino sentimental demais para beijar uma menina apenas porque ela está bêbada, ele não daria um beijo apenas por dar.

Hoje foi um dia normal, ele voltava para casa pelo mesmo caminho da praia e sentava nas pedras de frente para o mar como já era seu costume. O céu escurecia devagar e a maré subia lenta.

Descalçou os tênis e pegou seu caderno, começou a escrever. Tinha ares de poeta, sonhava com a boemia e suas musas, suas inspirações fugazes e vulgares, solenes e fúnebres. Suas poesias tratavam de coisas que ele desconhecia, como o amor e o prazer.

- Sou um idiota! - ele jogou a caneta no mar, irritado consigo mesmo e com a sua total falta de jeito em falar com as garotas pessoalmente enquanto escrevia sobre o amor de um jovem por mulher mais velha.

- Eu não acho. - disse um voz feminina e melodiosa.

Ele tomou um susto e procurou alguém ao redor, mas não encontrou ninguém, nem nas pedras e nem na praia. Devia ser imaginação, uma garota que não o achasse idiota só podia ser imaginação. Sorriu, sua mente já lhe pregava peças.

- Estou ficando tão maluco que fico imaginando coisas...

- Mas eu sou real! - disse a voz.

Assustou-se de novo, não podia ser imaginação! Algum engraçadinho da escola devia estar achando muito engraçado brincar com ele assim, mas a graça tinha acabado.

-Quem está aí? - gritou, mas ninguém respondeu. - Chega de brincadeira! Apareça!

- Eu estou aqui! - a voz respondeu, mas ninguém apareceu.

A maré tinha subido e acabava de encontra no pé dele, fazendo com que ele olhasse, pela primeira vez, para o mar e ficasse surpreso com o viu.

Havia uma moça coberta até os ombros pela água gelada, mas ela não parecia sentir frio. Não parecia ser uma garota comum, sua pele era ligeiramente azulada, o que lhe dava um aspecto pálido e cinzento e os olhos eram tão verdes quanto absinto e pareciam instáveis como o mar, agora eram serenos, mas a qualquer momento poderiam se transformar em uma perigosa tempestade. Ela também sorria.

- Olá, desculpe se te assustei. - ela disse com a voz sensual e cantante.

- Não foi nada... - ele respondeu todo bobo com a beleza daquela visão.

- Eu sou Aynê.

- Pedro.

A moça sorriu e chegou mais perto, tirando os ombros e o colo da aguá. O longo cabelo fantasmagorizava em torno do seu corpo, hora mostrando, hora escondendo.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dezoito e nada


Fazia muito tempo que eu não chorava igual chorei noite passada. Quase não lembrava de como era me sentir tão vazia e infeliz que não coubesse mais mais dentro de mim, que era preciso me transbordar. O mundo pareceu tão mais pesado e perigoso , mas não devia ser assim! É meu aniversário! eu devia estar feliz, leve, mais uma etapa da minha vida está completa! Só que não. Sinto-me algo pequeno e inferior, algo incompleto, nunca fiz grandes conquistas, nada além da minha obrigação. Clássica, nunca Romântica.

Dezoito anos e eu nunca fiz algo memorável, sempre mediana. A verdade é que eu sou muito medrosa, desde pequena... Só comecei a andar com 14 meses, tinha medo de escolas novas e era tão tímida que não falava com as pessoas. Nunca fui popular, nem amada, nem odiada, apenas indiferente. Não sou do tipo que desperta simpatia, nem tenho atrativos especiais que algumas pessoas tem, sou tão comum como qualquer um. Já recebi congratulações por tirar boas notas, mas hoje sou muito preguiçosa para tanto. Sou ansiosa a ponto de passar a noite toda em claro preocupada com besteira.

Dezoito anos e eu ainda não gosto de gente, as pessoas ainda me assustam com seus jogos manipuladores e a falta de importância com os sentimentos dos outros - bem mais fácil fingir que não existe -. Falta humanidade na sociedade, falta em todo mundo, em mim e em você.

Mas admito que cresce, ainda não o suficiente, não acredito mais no que as pessoas me dizem, saudade a gente demonstra e não deixa quem a gente gosta ir embora. Sei escolher com quem ando, não acredito em más influencias e só os melhores se tornam confiáveis e esses são poucos. Porém ainda me fecho no meu universo, guardo tudo o que sou para mim, é frágil demais para esse mundo sem coração e assutador. Ainda choro no colo da minha mãe e durmo agarrada com um ursinho quando os monstros saem de debaixo da cama. Aos dezoito, me sinto mais criança do que nunca.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

fim.


lê e vê se aprende, menina!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

puf

Embebedai-vos - Charles  Baudelaire


É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.

sábado, 30 de junho de 2012

Cartas sem destinatário

A noite sempre é mais silenciosa, boa para pensar. À noite os apaixonados ardem em sonhos e os cansados se esquecem no sono. À noite a paz reina nas casas e vira guerra no pensamento dos aflitos. O sono impera na cabeça dos pais e a preocupação na mente das mães com seus filhos doentes, e se não passarem dessa noite? Os amantes não querem que ela termine e os vigias anseiam pelo seu fim.

Também é quando escurece que eu penso em você, quando o mundo dentro da minha cabeça fica quieto. É como se os habitantes da minha cabeça soubessem que você vem e que eles não devem atrapalhar sua estadia, com sua algazarra costumeira. Gosto que venha a noite, durante o dia não seria interessante, não quero te misturar com as banalidades da vida, com a rotina triste e tumultuada, de triste em você já me basta sua ausência. Quando você vem, penso na sua risada, nos seus olhos que me deixam vermelha. Fico imaginando histórias, tal qual uma criança que sonha, e aí eu adormeço.

Mas em algumas noite você não vem, e eu não se é porque minha cabeça não entrou em silêncio ou se é porque você já não existe mais em mim como antes. E a noite volta a ser só uma passagem silenciosa, boa para pensar.

domingo, 17 de junho de 2012

Álvaro, seu lindo, ninguém me entende como você..

Poema em linha reta - Álvaro de Campos

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão princípe - todos eles princípes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Quem contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó princípes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?

Então só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Sorriso lindo e o problemas das despedidas

Quando eu vou ao dentista, ele sempre diz "Olha, a moça com o sorriso mais bonito de Jundiaí", não duvido que ele diga isso para todas já que ele é quem "faz" o sorriso de todas elas. Mas eu sou meio tonta e acredito quando ele diz isso, em parte porque sou meio egocêntrica e em partes porque por muito tempo ouvi alguém dizendo que meu sorriso é lindo. É muito feio da minha parte, dizer que o meu sorriso é lindo, mas feio eu sei que ele não é, ainda mais depois que eu tirei o aparelho... O fato é que eu sou meio gamada em sorrisos, gosto de ver as pessoas sorrindo, e tendo sempre estar sorrindo, não apenas porque eu acho o meu sorriso bonito, mas pelo que ele transmite às pessoas: todo mundo se sente melhor ao ver alguém sorrindo, é meio que instantaneo, você vê alguém sorrindo e sorri. Gosto de pensar que tudo que alguém precisa para deixar o dia melhor é ver um sorriso e gosto de imaginar que esse sorriso pode ser o meu, então eu tento estar sempre sorridente, mesmo que esteja triste. Não duvido que tenha muita gente que me ache idiota por andar sorrindo que nem tonta, nao minha antiga escola tenho certeza que tinha gente que pensava assim, mas não me importei muito, depois de um tempo a gente aprende o valor de um sorriso, é preciso crescimento para isso.

Mas nem sempre da para sorrir, algumas situações exigem expressões mais sérias, ou não permitem algo maia alegre. Eu, por exemplo, não consigo sorrir quando me despeço de alguém qualquer que seja a circunstância. Despedidas me deixam triste, mesmo que eu vá ver a pessoa no dia seguinte, não gosto de dar tchau, me dá um vazio ver a pessoa indo ou ficando, parece que nunca mais vai voltar e que se perdeu para sempre, sou dramática, eu sei. Não sei porque eu fico assim, mas é sempre, com algumas pessoas mais e outras menos, eu fico sem graça e com medo de ir, até no telefone eu não gosto de dizer tchau, msn, sms, facebook, carta, sinal de fumaça, em qualquer veiculo, a despedida me deixa triste, meio boba e tonta, meio medrosa e fatalista. E aí, meu belo sorriso não saí e passa a impressão errada.

Acho-me estranha por isso, estou sempre sorrindo, mas quando é mais necessário, ele trava. Quando eu devia sorrir para mostrar que gostei do tempo que passei com a pessoa e que gostaria de vê-la novamene, eu fico com aquela cara bizarra que só eu tenho e parece que eu não ligo para a pessoa de quem estou me despedindo, como se eu não ligasse para ela. O que não é verdade, já que eu me importo mais quando eu faço mimimi e a minha cara bizarra, do que quando eu faço uma cara normal. Então, se você que me lê, já se despediu de mim e eu fiquei com uma cara esquizita, é porque eu me importo com você. E se eu também fiz mimimi é porque me importo ainda mais.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Quando você crescer, quem vai te proteger dos monstros que vivem debaixo da sua cama?


achei essa imagem e seilá, gostei dela. Me lembra infância e o medo de crescer.

domingo, 13 de maio de 2012

Crônica de Trem

Sentada em um banco de um trem, ela imaginava.

A campina ardia em uma batalha feroz pelo destino do país. Os soldados os Império lutavam em nome do Imperador contra os Rebeldes, que defendiam suas casas, seus lares e, principalmente, sua liberdade. Homens gritavam e cavalos relinchavam em agonia. Fogo, sangue e dor sujavam a grama que já não era tão verde.

A campainha tocou, o trem parou em uma estação. Pessoas saíram, pessoas entraram. Ela observou uma mulher apagar o cigarro antes de entrar no vagão, e depois fechou os olhos e encontou a cabeça na janela.

Montada em seu Dragão, a Guerreira atacou o  exército inimigo. A espada cortava cabeças e destruia armaduras, as garras retalhavam e o fogo cozinhava. Quem poderia ir contra o Dragão e seu Guerreiro? Muitos soldados imperiais morreram pelas presas do Dragão, isso dava força e coragem aos Rebeldes, que iam ganhando terreno. Ao longe a figura sinistra do Imperador surge, montada em seu Espectro.

Mais uma parada, entra uma senhora de idade e todos ignoram sua presença. Malditos, será que ninguém é capaz de dar lugar a uma velha? Impelida por um altruísmo que não lhe caracterizava, ela levanta e dá seu lugar à senhora. Maldita boa educação! Segura-se e fecha novamente os olhos.

O Imperador voa em direção à Guerreira e seu Dragão, e ambos partem para um combate aéreo. Espadas e garras se chocam, mais sangue banha a campina. O Imperador é mais poderoso que a Guerreira, porém o Dragão consegue atingir a garganta do Espectro e rasgá-la. Um uivo agonizante paraliza a todos. O sangue escuro do Espectro começa a jorrar e a besta despenca desfalecida. O Dragão mergulhou em direção a sua presa e sem hesitar, come a cabeça do Imperador.

O trem para em uma outra estação. Poucos entram, nenhum saí. Alguém com um cheiro terrível de trabalho braçal para perto dela. O cheiro embrulha seu estômago. Porque as pessoas não andam com um desodorante no bolso? Concentra-se e volta a fechar os olhos. Na próxima o sofrimento acaba.

Os soldados vendo seu Imperador ser devorado pelo Dragão fogem. Os Rebeldes comemoram a vitória e se organizam para festejar e nomear o novo governante. A Guerreira volta para sua tenda, junta suas coisas e parte junto com seu Dragão. No alto de uma montanha, escondido em uma caverna, o jovem bruxo a espera, ancioso pelo regresso de sua companheira.

O trem para. Ela abre os olhos e saí, se esquivando das pessoas. Chega à plataforma, saí da estação, ninguém a espera. A fantasia parecia muito mais divertida. E vai para casa, ansiosa por um banho quente, seus livros e a cama macia.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O meu reino por um abraço, mas um sincero.

Cansei de beijos na bochecha! Não quero mais! Preciso de abraços, tenho saudade de abraços! Sinto falta de abraços.

As pessoas não se abraçam mais, as vezes acho que essa demonstração de afeto não é mais tão popular quanto já foi um dia. Ou então sou que frequento as rodas erradas. Sinto tanta falta de ganhar um abraço, era mais frequente ano passado, acho que porque depois de três anos de convivência adquirimos certa intimidade. Então faz sentido não receber abraços todos os dias, já que hoje não convivo com mais ninguém dessa época, não tenho mais essa intimidade com ninguém.

Mas ainda faz falta, na minha mais pura opinião, abraço é a forma de demonstração de carinho mais bonita e mais sincera. Só quem já recebeu um abraço e sentiu como se todo o seu mundo cabece dentro dos braços do outro, só quem já se sentiu indefeso e ao mesmo tempo protegido dentro de um abraço,  sabe do que eu estou falando.

Sinto falta de abraços, o mundo está ficando impessoal demais para mim.

domingo, 6 de maio de 2012

Crescer e pensar


 Quando eu penso a respeito do meu futuro eu me sinto tão pequena, tão indefesa, tão complicada, tão vazia, tão complexa, que me dá até tristeza. E não é só o meu grandioso problema em decidir a minha carreira, mas é em tudo! Só de pensar no que eu quero para o meu futuro, milhões de possibilidades passam pela minha cabeça, milhões de sonhos. Alguns são fantásticos e típicos da tonta sonhadora que eu sou, outros são tão plausíveis que chegam a ser sem graça pensar neles.

Ano passado eu acheva super injusto ter que decidir o que faria da minha vida sendo que eu nada sabia sobre a vida - não que eu saiba alguma coisa agora -, porque como eu decidiria o que faria no futuro apenas com base no ensino médio? Nem todas as profissões podemos encontrar na escola, na verdade, basicamente o que temos como exemplo são professores, que na maioria das vezes nos fazm crer que dar aula é uma desgraça e que não se pode sentir prazer seguindo essa carreira. Na minha mais humilde opinião faltam professores inspirdores, daqueles que nos fazem querer saber mais, mesmo que não caia em provas. Claro que a culpa pelo fato de que professores do ensino médio não inspiram não é só dos ditos professores, isso envolve alunos que não foram bem educados por suas famílias e um governo que não apoia o conehcimento, pois é muito mais fácil controlar uma população desinformada do que uma que tem bases culturais bem formadas. Acho que em toda a minha vida estudantil, só consigo me lembrar de dois professres que me inspiraram um de geografia e outro de português, o primeiro foi na 8ª série, o professor Ivon de geografia, ele foi um professores que não se colocava em um pedestal quando falava com os alunos, era sempre de igual para a igual, e eu me lembro que as aulas dele eram as unicas que não havia bagunça na sala e todos os alunos paravam para ouví-lo. O segundo é foi o Ailton de português, que eu conheci durante o ensino médio, e ele também não se colocava em um pedestal e falava super de boa com os alunos, ele era o cara. Agora no cursinho conheci outros professores inspiradores, entre eles destaco o Fred de geografia, que conseguiu me sensibilizar com questões humanas sobre o Oriente Médio. Enfim, tudo isso para falar que fiquei morrendo de vontade de me tornar professora para também inspirar os meus alunos, mas tenho que confessar que é uma profissão que me assusta, tanto pelo que vi meus professores passarem quanto pelo que eu vejo que os meus pais passam e porque sei, quase em primeira mão, o quanto o Estado não valoriza os professores.

Até o momento serei jornalista, provavelmente uma jornalista fracassada e sem emprego, já que poucas ou nenhuma mídia daria voz para uma jornalista que vai contra o sistema e critica as grandes potências. O mesmo vale ao meu sonho de ser cineasta, que por sinal ainda não morreu, apenas ficou em segundo plano frente a questões mais urgentes, e a opressão dos meus pais.

Mas eu sei que não é só isso que abrange o meu futuro, quer dizer, não se trata só da questão professional, abrange muito mais que isso... Pensar no futuro envolve tanta coisa, coisas que são até dificeis de imaginar, envolve desejos e crenças. E o pior de tudo envolve pessoas que estão além do meu controle, porque tudo é mais fácil quando se trata de mim, mas quando depende do outro tudo se complica zilhões de vezes! Ainda mais porque eu sou péssima com esse tipo de coisa que mexe com toda a parte emocional da gente e também eu não gosto de falar sobre isso.

O futuro é assustador, mas uma vez uma dragão muito linda chamada Saphira disse "Viva o presente, lembre-se do passado e não tema pelo futuro, pois ele não existe e nunca existirá. Só existe o agora."

quinta-feira, 26 de abril de 2012

maluquices da minha mente bagunçada

Amigos, fomos enganados a vida toda! Poucos de nós conseguimos nos livrar a tempo dessa grande mentira que nos foi apresentada por todo esse tempo! À esses poucos os meus mais sinceros louvores e também a minha mais feia inveja - feia porque inveja é um sentimento triste e que torna as pessoas feias -, porque eu não sou uma dessas que perceberam cedo toda essa falcatrua, na verdade, me entristece dizer, mas mesmo assim eu digo porque sinta a necessidade de ser sincera, que talvez eu ainda acredite nessa grande mentira que tanto é propagada.

Essa maldita mentira é propagada pelos desenhos animados, quadrinhos, filmes, livros, poemas, propagandas, a Disney que tanto me marcou a infância, e me encanta até hoje, é uma grande criadora de vários jeitos de contar essa mentira: dê seu coração a alguém, ame alguém e você não sofrerá! Meus amigos, não se enganem, isso é uma grande mentira, ninguém vive sem coração e amar não quer dizer que você será amado.

Claro que estou absurdamente errada ao generalizar os propagadores, existem muitos filmes que mostram o quando amar faz sofrer, posso citar um altamente recomendável por mostrar o sofrimento de um cara que foi largado pela namorada, um filme que não conta uma historia de amor: "500 Dias com Ela". E claro que há zilhões de livros que falam sobre a verdade que é sofrer, experimente ler " Os sofrimentos do Jovem Werther" e não sentir vontade de morrer tamanha é a dor do Werther.

Devo confessar que toda essa ideia sobre a mentira me veio enquanto eu assitia um anime, Vampire Knight, e todo mundo é apaixonado pela menina, e o vampiro todo poderoso é extremamente cuidadoso e carinhoso com ela! Será que as pessoas que criam essas histórias não pensam nas pobres pessoas que as assistem e acabam criando a ilusão de que tudo isso é real? É o mesmo caso dos filmes da Disney, onde sempre tem a princesa que sempre vai ter um príncipe que vai se apaixonar por ela e os dois vão se amar e se casar! Quantas meninas foram enganadas por isso? Quantas sonham com príncipes e na primeira oportunidade aparece um otário que vai quebrar o coração delas?

Sou uma pessoa contraditória e errada ao escrever tudo isso. Contraditória porque recentemente escrevi sobre o que são os contos de fada para mim e disse que apoiava eles pois passavam boas mensagens para as crianças - se bem que não tinha nada haver com amar, e sim com os bns sempre vencerem -. E errada porque as vezes eu acredito nisso, que vai existir um príncipe em algum momento, e no fim o amor acontece, sabe? Meio tonto na verdade, porque as vezes parece que o amor é o sentimento mais egoísta do mundo, porque dizem que ele faz você querer a felicidade do outro independente da sua... pra mim, isso é egoísmo ao contrário.

terça-feira, 24 de abril de 2012

porque eu esqueço

Passo o  dia pensando em posts super lindos e legais, mas ai quando eu abro o blog esqueço de todos eles e isso me frustra, é.

domingo, 22 de abril de 2012

ahh, poemas...


Espelho não me Prova que Envelheço - William Shakespeare

O espelho não me prova que envelheço 
Enquanto andares par com a mocidade; 
Mas se de rugas vir teu rosto impresso, 
Já sei que a Morte a minha vida invade. 

Pois toda essa beleza que te veste 
Vem de meu coração, que é teu espelho; 
O meu vive em teu peito, e o teu me deste: 
Por isso como posso ser mais velho? 

Portanto, amor, tenhas de ti cuidado 
Que eu, não por mim, antes por ti, terei;
Levar teu coração, tão desvelado 
Qual ama guarda o doce infante, eu hei. 

E nem penses em volta, morto o meu, 
Pois para sempre é que me deste o teu.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Blábláblá sobre música

Música é um assunto muito polêmico, rende muito pano pra manga e todo tipo de discussão. Mas como eu não tenho moral para falar de música, eu geralmente me abstenho desse tipo de discussão, para evitar ficar com cara de poser e de tonta.

Então eu vou falar de mim, porque eu até sei falar um pouquinho sobre mim quando não tem alguém dizendo "fale mais sobre você", nesse caso eu não sei falar sobre mim. Então, eu gosto muito de música, queria muito saber tocar algum instrumento, mas faltou esse dom a minha pessoa. Acho que eu faço muita coisa ouvindo música, desde de tomar banho até... estudar, minha mãe não gosta que eu estude ouvindo música, mas eu acho que me ajuda muito ter uma música de fundo, e acho seriamente que se eu pudesse fazer o vestibular ouvindo música eu iria bem melhor, porque música relaxa, desestressa e faz a gente pensa com mais clareza e amplitude, mas tem que ser o tipo de música certa, por exemplo, se eu fizesse a prova ouvindo Parkway Drive, acho que me deixaria um tanto quanto confusa. Mas faria bem tranquila ouvindo Coldplay ou  Vampire Weekend, se bem que essa última talvez me desse um pouco de vontade de dançar, o que não seria uma boa ideia. Mas com certeza não poderia ser uma música em português porque eu ia acabar me perdendo na letra e podendo zuar a prova toda.

Música também interfere no que a gente sente e como a gente sente. Quem nunca colocou uma música triste quando estava triste para se sentir ainda mais triste e ter mais motivos para se empanturrar de sorvete? Eu já fiz isso, uma época trágica que não merece comentários, saí dessa vida e o que importa é isso. Hoje, quando eu sinto uma pontada de tristeza, procuro a música mais barulhenta que eu encontrar, daquelas cheias de rifs e berreiro! Porque ai eu fico com raiva e a tristeza passa, mas ai eu pego raiva da banda e esse é o preço, mas depois passa e tudo volta ao normal.
E tem as músicas para quando estamos felizes, no meu caso quando eu estou feliz eu escuto de tudo, mas tem duas músicas que fazem com que minha felicidade aumente e também servem para me deixar feliz quando eu fico quase triste, Nine in the Afternoon do Panic! At the Disco que me chamou a atenção acredito que por causa do clipe, onde os integrantes da banda aparecem com cabeças de animais e tem uma letra muito fofa, e tem também Fireflies  do Owl City que tem uma letra bonita e fala sobre não conseguir dormir e ficar acordado imaginando as coisas, minhas noites são assim...

Música também lembram pessoas e isso faz com que a gente goste mais, ou menos delas, por exemplo, The Beatles me lembra a Gabi e o Marcus e é um dos motivos para eu gostar de Beatles! E Slipknot me lembra o Rani porque foi ele quem me "apresentou" a banda. Eu acho bom isso, quando você coloca uma música e uma pessoa que você gosta vem na cabeça e você fica com uma saudadezinha gostosa da pessoa.

Música é gostoso, faz bem ouvir, deve ser muito bom fazer. Só acho que falta respeito quando o assunto é esse, porque quem gosta de um estilo e não gosta de outro, sempre fala mal do que não gosta e reclama quando está tocando. Eu não gosto de pagode e acho múscia de fundo de quintal, mas nem por isso eu fico dando chiliquinho com quem gosta, tenho amigos pagodeiros e a gente vive super de boa. É normal as pessoas gostarem de músicas diferentes e de bandas diferentes, caso contrário seria bem chato e não haveria trilha sonora, nem programas de rádio e nem de televisão que falassem de música. Acho que a vida seria sem graça sem a música, triste até, porque a música é capaz de falar aquilo que a gente não sabe dizer.


Mas eu estou falando de música, funk não se enquadra nessa categoria.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Em um mundo individualista, há lugar para a valorização da amizade?

Estava eu, hoje, feliz da vida ou quase, no cursinho, em plena aula de redação - eu não gosto muito da aula porque tenho uma dificuldade enorme em escrever uma dissertação e também porque o professor é um grosso e não gosto dele. - quando surge um tema de redação que me deixou, não triste, mas é um assunto que eu não gosto de abordar: Amizade e confiança.

Não é um tema difícil, mas é um tema que traz memórias que não são só memórias, são fantasmas que me lembram coisas que eu não quero saber. E tirando toda a parte melosa que engloba toda essa questão de amizade e confiança, esse tema me faz pensar em algumas coisas.

Por natureza não confio nas pessoas, e é de uma forma muito engraçada que eu tenho essa não confiança. Não ligo de falar sobre o que aconteceu na minha vida, sobre como acabou meu relacionamento ou sobre porque eu briguei com alguém. Mas eu não falo sobre como eu me sinto a respeito de tudo isso, não falo o que se passou na minha cabeça quando tudo acontece. Olha, não sei quando isso tudo começou, mas já tentei encontrar a raiz do problema, que deve datar da época do inicio do meu Ensino Fundamental II.

Mas enfim, esse tema abordava sobre amizade, e eu tenho uma dificuldade enorme, por conta dessa minha não confiança, de fazer amigos de verdade, que vão durar a vida toda e que mesmo que passe 3174247823 anos eu poderei contar com eles, porque eu não me aproximo. Então me veio a seguinte pergunta com base no tema : "Quem é mais individualista, o que não valoriza a amizade e quebra a confiança dos outros, ou aquele que não confia nos outros e acaba guardando tudo para si?" E eu fiquei pensando nisso e fiquei sem resposta, é.

No fim o post ficou uma droga -'- prometo que no próximo eu tomo vergonha na cara e faço um negócio decente. --'

domingo, 8 de abril de 2012

Contos de Fada


Desde pequena, e ainda agora depois de grande, gosto de Contos de Fada, de historias fantásticas e com final feliz. Historias onde o mal sempre sucumbe ao bem. Princesas e Príncipes. Duendes e Dragões. Bruxas e Vilões.
Contos de Fada sempre trazem uma mensagem para as crianças, na maioria das vezes fala sobre acreditar nos próprios sonhos, mas também se esforçar para torná-los reais. Falam de amizade e sobre amor verdadeiro.
São mensagens bonitas e de otimismo, interessantes para as crianças, assim elas aprendem a sonhar e não se tornam adultos chatos e sem sonhos, se bem que o mundo as deixam assim. Mas a maior mensagem que eles me passam é que no fim tudo dá certo e os bons sempre vencem, mas antes eles sofrem.
As histórias meio que seguem uma sequencia de fatos, que acontecem em quase todas:
Quando a história começa são apresentados três personagens: a princesa, que começa a história feliz, ela tem sonhos e amigos; o vilão, que pode ser tanto uma bruxa quanto um padrasto malvado, o vilão sempre tem algum problema com a princesa, e esse pode ter diversas razões,ele sempre cria empecilhos na vida da princesa, para que ela sofra e fique triste; e também são apresentados os amigos da princesa que estão sempre com ela, seja nos momentos felizes ou tristes, eles sempre vão tentar fazê-la sorrir.
Quase sempre o príncipe não aparece nas primeiras páginas, ele só chega no momento certo. 
Bom, a história começa e vemos a princesa com os seus amigos, feliz da vida, toda serelepe e saltitante. 
As coisas sempre vão bem antes de ficarem mal.
Mas ai o vilão faz a primeira maldade, mas não é ma super maldade, a princesa fica triste, mas como  tem amigos que a apoiam e está sempre de bem com a vida, a princesa supera, como mágica ela volta a ser feliz
Mas o vilão volta a agir, pois quer ver a princesa triste, pois o vilão só é feliz vendo a princesa triste, ele só é feliz com a dor dos outros. 
E dessa vez ele acerta a princesa em seu ponto mais fraco e ao descobrir que está vencendo vai maltratando a princesa até que nem os amigos mais conseguem salvá-la.
É nessa hora que surge o querido príncipe, que é o unico capaz de salvar a princesa e derrotar a bruxa, mas isso leva tempo, porque o príncipe é tonto e as vezes ele vai na conversa da bruxa e a princesa sofre ainda mais...
Porém um dia, o vilão é derrotado!
A princesa então é salva por quem se importa e gosta dela, o seus amigos e o príncipe. E eis mais um final feliz =)
Essa é a melhor lição que eu vejo nos Contos de Fada: os bons sempre vencem, independente do que lhes aconteça. Porque no fundo, só reconhecemos o doce depois de provar do amargo.


Eu fiz esse texto faz um tempo para a Samara, que é minha princesa!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Nem tanto

Pensando na minha atual situação de pessoa sem tempo, descobri uma coisa sobre mim que me deixou muito chateada: não sei administrar o meu tempo!! E isso me deixou extremamente assutada, porque se continuar assim vou ter um curto circuito e tudo vai dar errado, e isso não vai ser bom.
Estando sem tempo, principalmente para escrever, comecei a pensar de onde eu tirava tempo para fazer tudo o que eu fazia antes do ano de 2012, já que os dias não passaram a ter mais horas e eu fazia muito mais coisa do que eu faço hoje. E eu descobri: aulas do ensino médio! Não me orgulho disso, quer dizer, não muito, mas eu realmente usava as aulas para escrever e não perdi muita coisa fazendo isso,talvez tenha perdido alguma coisa...
Depois dessa conclusão passei a sentir saudade do ensino médio, onde eu conseguia escrever meus textos e minhas ideias sem perder o meu tempo da tarde, não que eu fizesse algo de importante de tarde, mas né. E  outra coisa que eu notei, é que como eu extravasava o que tinha na minha mente, acho que eu era menos confusa e  mais concentrada, não ficava me perdendo em personagens e caracterizações, em espaços e diálogos, em metáforas e sonhos.
Eu senti uma saudadezinha do meu ensino médio, mas não foi tanto.



Queria muito dizer que eu não tenho tempo porque varo o dia estudando, mas nem tanto =/

segunda-feira, 12 de março de 2012

O caso do Rock

Estava eu, toda linda e saltitante, escrevendo o "Quem sou eu" do blog e tive a brilhante ideia de colocar lá coisas que eu gosto, é eu gosto de lápis. Fiz uma descrição simples, apenas palavras que todo mundo sabe o que significa.

Então decidi colocar o nome de uma banda que eu estou ouvindo muito ultimamente, mas ouvindo muito mesmo, tipo um vicio! Mas ai eu pensei "Poxa, eu gosto muito deles e escuto bastante, mas não se nada além de que é uma banda de rock americana", e nesse pensamento me veio uma palavra na cabeça poser, palavra que confesso ter muito medo de ser atribuída a mim, mesmo. Essa palavra me deixou com dúvidas sobre se por ou não o nome da banda, porque já pensou se um fã entra e começa a falar sobre o integrante x que saiu da banda por um motivo y e qual a minha opinião como fã, vou ficar com aquela cara de "fodeu". Então eu tirei  o nome da banda de lá.

Continuando na mesma linha de raciocínio sobre colocar coisas que eu gosto, pensei "vou por rock", porque eu gosto de rock, é praticamente o único tipo de música que eu escuto, salvo exceções. Só que hoje em dia o termo rock está tão blasé, todo mundo que quer parecer legal fala que gosta de rock quando na verdade ouve Restart e Katy Perry, (nada contra eles, pelo amor de Deus! Não estou dizendo isso, é só que são estilos musicais que não se encaixam em rock).

O termo parece tão depreciado que qualquer coisa que tenha guitarra e bateria a galera chama de rock, quando praticamente todos os estilos musicais levam guitarra e bateria, então hoje tudo é rock. Triste, muito triste. Fala que gosta de rock é tão superficial que eu chego a evitar falar "eu gosto de rock", evito, prefiro falar nomes de bandas ou aquele bem vago "ouço de tudo" que deixa todo mundo feliz.

O caso do rock é que hoje ele é muito abrangente e superficial, e acredito que perdeu a essência.



Quem quiser saber o nome da banda era os caras do Papa Roach, e eu recomendo My heart is a fist
E ficou apenas música mesmo na descrição.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O Retorno

Pois é, depois de tanto tempo longe, talvez nem tanto, voltei a olhar o blog. Qual não foi meu choque ao ver que ele era uma coisa triste, depressiva, quase dava vontade de morrer!! E todas essas indiretas aqui? Serviam pra que? Pra porcaria nenhhuma, né! Fiquei em choque.
E como queria voltar a escrever, ando sentindo essa necessidade, decidi ressucitar o blog, porém olhá-lo me deixou deprimida. Então houveram algumas mudanças:

Mudança n° 1
O título e a URL
Nada contra iamtheredintherose, mas senti a nacessidade de valorizar um pouco mais a minha tão adorada língua, então se tornou paralabemlonge. Eu queria apenas parala, mas não foi possivel. Escolhi essa URL porque eu tinha o hábito de desenhar plaquinha que indicam o caminho Para Lá, não sei porque, mas eu sempre achei legal.
Essa plaquinha também resultou no título. Acho o Pierrot um cara muito legal e super admiravel, continuar amando aquela vaga da Colombina depois que ela preferiu o Arlequim só porque ele era mais bonito e mais safado, não é para qualquer um, é coisa de gente muito muito idiota. Cansei de ser o Pierrot. E também tinha a escrição "quem quer trocar meu coração por um fígado", olha, eu seria bem feliz com um fígado novo, não que o meu esteja ruim, mas é bom ter um reserva hahaha, mas ficar sem coração? Meio fatalista, não?

Mudança n° 2
Quem sou eu
Pra começar eu não sou ninguém e mesmo se eu fosse, não teria que me detalhar sobre quem eu sou. Mas ninguém merece ter aquela frase empolgante na descrição "Sou só um erro do Universo", até porque eu não sou erro nenhum, sou uma criação muito bem feita, mas não quer dizer que eu seja perfeita, sou bem imperfeitinha, na verdade...
Mas enfim, melhor agora, sem depressão.

Mudança nº3
Os posts
Bom, como qualquer pessoa atenta pode observar, meus posts antigos eram assim, tristes, melancólicos, carentes e vazios, o que era o pior de tudo.
Pretendo, mudar um pouco isso, sabe? Sem essa tristeza, essa vontade de que o outro leia e pense "aí como eu te amo", ninguém ama alguém só por culpa das postagens e chega disso. Não sei porque me dei vontade de voltar a escrever aqui, mas ultimamente tenho tido muitas ideias que mereciam ser compartilhadas com o mundo. Posso dizer que isso ocorreu primeiro pela influência da minha adorada amiga Gabriela que é dona do Potinho de Luz, que é um blog excelente e muito bem escrito! E também por conta das minhas aulas do cursinho que me fizeram sair da minha inercia e ter vontade de expor minhas ideias...

É acho que foram essas as mudanças, acho que foram boas e acho que vai dar certo...

domingo, 15 de janeiro de 2012

E se eu for embora?

Acho engraçado como as coisas acontecem.. Depois de tudo o que aconteceu parece que me vejo indo embora, talvez para bem longe, talvz para nem tão longe.. Mas indo para algum lugar, talvez volte, talvez não..
Vou deixar muita coisa para trás, muitas lembranças e pessoas.. Mas vou levar muita coisa, aprendizados e sonhos.. Enfim, vai ser bom..
Porém meu lado dramático e idiota não me deixa deixar de pensar se alguém vai sentir minha falta, além da minha família claro. Será que alguém vai pensar: "Poxa, como eu queria que ela estivesse aqui".
Enfim..