terça-feira, 22 de maio de 2012

Quando você crescer, quem vai te proteger dos monstros que vivem debaixo da sua cama?


achei essa imagem e seilá, gostei dela. Me lembra infância e o medo de crescer.

domingo, 13 de maio de 2012

Crônica de Trem

Sentada em um banco de um trem, ela imaginava.

A campina ardia em uma batalha feroz pelo destino do país. Os soldados os Império lutavam em nome do Imperador contra os Rebeldes, que defendiam suas casas, seus lares e, principalmente, sua liberdade. Homens gritavam e cavalos relinchavam em agonia. Fogo, sangue e dor sujavam a grama que já não era tão verde.

A campainha tocou, o trem parou em uma estação. Pessoas saíram, pessoas entraram. Ela observou uma mulher apagar o cigarro antes de entrar no vagão, e depois fechou os olhos e encontou a cabeça na janela.

Montada em seu Dragão, a Guerreira atacou o  exército inimigo. A espada cortava cabeças e destruia armaduras, as garras retalhavam e o fogo cozinhava. Quem poderia ir contra o Dragão e seu Guerreiro? Muitos soldados imperiais morreram pelas presas do Dragão, isso dava força e coragem aos Rebeldes, que iam ganhando terreno. Ao longe a figura sinistra do Imperador surge, montada em seu Espectro.

Mais uma parada, entra uma senhora de idade e todos ignoram sua presença. Malditos, será que ninguém é capaz de dar lugar a uma velha? Impelida por um altruísmo que não lhe caracterizava, ela levanta e dá seu lugar à senhora. Maldita boa educação! Segura-se e fecha novamente os olhos.

O Imperador voa em direção à Guerreira e seu Dragão, e ambos partem para um combate aéreo. Espadas e garras se chocam, mais sangue banha a campina. O Imperador é mais poderoso que a Guerreira, porém o Dragão consegue atingir a garganta do Espectro e rasgá-la. Um uivo agonizante paraliza a todos. O sangue escuro do Espectro começa a jorrar e a besta despenca desfalecida. O Dragão mergulhou em direção a sua presa e sem hesitar, come a cabeça do Imperador.

O trem para em uma outra estação. Poucos entram, nenhum saí. Alguém com um cheiro terrível de trabalho braçal para perto dela. O cheiro embrulha seu estômago. Porque as pessoas não andam com um desodorante no bolso? Concentra-se e volta a fechar os olhos. Na próxima o sofrimento acaba.

Os soldados vendo seu Imperador ser devorado pelo Dragão fogem. Os Rebeldes comemoram a vitória e se organizam para festejar e nomear o novo governante. A Guerreira volta para sua tenda, junta suas coisas e parte junto com seu Dragão. No alto de uma montanha, escondido em uma caverna, o jovem bruxo a espera, ancioso pelo regresso de sua companheira.

O trem para. Ela abre os olhos e saí, se esquivando das pessoas. Chega à plataforma, saí da estação, ninguém a espera. A fantasia parecia muito mais divertida. E vai para casa, ansiosa por um banho quente, seus livros e a cama macia.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O meu reino por um abraço, mas um sincero.

Cansei de beijos na bochecha! Não quero mais! Preciso de abraços, tenho saudade de abraços! Sinto falta de abraços.

As pessoas não se abraçam mais, as vezes acho que essa demonstração de afeto não é mais tão popular quanto já foi um dia. Ou então sou que frequento as rodas erradas. Sinto tanta falta de ganhar um abraço, era mais frequente ano passado, acho que porque depois de três anos de convivência adquirimos certa intimidade. Então faz sentido não receber abraços todos os dias, já que hoje não convivo com mais ninguém dessa época, não tenho mais essa intimidade com ninguém.

Mas ainda faz falta, na minha mais pura opinião, abraço é a forma de demonstração de carinho mais bonita e mais sincera. Só quem já recebeu um abraço e sentiu como se todo o seu mundo cabece dentro dos braços do outro, só quem já se sentiu indefeso e ao mesmo tempo protegido dentro de um abraço,  sabe do que eu estou falando.

Sinto falta de abraços, o mundo está ficando impessoal demais para mim.

domingo, 6 de maio de 2012

Crescer e pensar


 Quando eu penso a respeito do meu futuro eu me sinto tão pequena, tão indefesa, tão complicada, tão vazia, tão complexa, que me dá até tristeza. E não é só o meu grandioso problema em decidir a minha carreira, mas é em tudo! Só de pensar no que eu quero para o meu futuro, milhões de possibilidades passam pela minha cabeça, milhões de sonhos. Alguns são fantásticos e típicos da tonta sonhadora que eu sou, outros são tão plausíveis que chegam a ser sem graça pensar neles.

Ano passado eu acheva super injusto ter que decidir o que faria da minha vida sendo que eu nada sabia sobre a vida - não que eu saiba alguma coisa agora -, porque como eu decidiria o que faria no futuro apenas com base no ensino médio? Nem todas as profissões podemos encontrar na escola, na verdade, basicamente o que temos como exemplo são professores, que na maioria das vezes nos fazm crer que dar aula é uma desgraça e que não se pode sentir prazer seguindo essa carreira. Na minha mais humilde opinião faltam professores inspirdores, daqueles que nos fazem querer saber mais, mesmo que não caia em provas. Claro que a culpa pelo fato de que professores do ensino médio não inspiram não é só dos ditos professores, isso envolve alunos que não foram bem educados por suas famílias e um governo que não apoia o conehcimento, pois é muito mais fácil controlar uma população desinformada do que uma que tem bases culturais bem formadas. Acho que em toda a minha vida estudantil, só consigo me lembrar de dois professres que me inspiraram um de geografia e outro de português, o primeiro foi na 8ª série, o professor Ivon de geografia, ele foi um professores que não se colocava em um pedestal quando falava com os alunos, era sempre de igual para a igual, e eu me lembro que as aulas dele eram as unicas que não havia bagunça na sala e todos os alunos paravam para ouví-lo. O segundo é foi o Ailton de português, que eu conheci durante o ensino médio, e ele também não se colocava em um pedestal e falava super de boa com os alunos, ele era o cara. Agora no cursinho conheci outros professores inspiradores, entre eles destaco o Fred de geografia, que conseguiu me sensibilizar com questões humanas sobre o Oriente Médio. Enfim, tudo isso para falar que fiquei morrendo de vontade de me tornar professora para também inspirar os meus alunos, mas tenho que confessar que é uma profissão que me assusta, tanto pelo que vi meus professores passarem quanto pelo que eu vejo que os meus pais passam e porque sei, quase em primeira mão, o quanto o Estado não valoriza os professores.

Até o momento serei jornalista, provavelmente uma jornalista fracassada e sem emprego, já que poucas ou nenhuma mídia daria voz para uma jornalista que vai contra o sistema e critica as grandes potências. O mesmo vale ao meu sonho de ser cineasta, que por sinal ainda não morreu, apenas ficou em segundo plano frente a questões mais urgentes, e a opressão dos meus pais.

Mas eu sei que não é só isso que abrange o meu futuro, quer dizer, não se trata só da questão professional, abrange muito mais que isso... Pensar no futuro envolve tanta coisa, coisas que são até dificeis de imaginar, envolve desejos e crenças. E o pior de tudo envolve pessoas que estão além do meu controle, porque tudo é mais fácil quando se trata de mim, mas quando depende do outro tudo se complica zilhões de vezes! Ainda mais porque eu sou péssima com esse tipo de coisa que mexe com toda a parte emocional da gente e também eu não gosto de falar sobre isso.

O futuro é assustador, mas uma vez uma dragão muito linda chamada Saphira disse "Viva o presente, lembre-se do passado e não tema pelo futuro, pois ele não existe e nunca existirá. Só existe o agora."