domingo, 14 de julho de 2013

Reflexões sobre o que dizem por aí

Esses dias, na verdade acontece com certa frequência, aconteceu uma coisa que me irrita bastante, é uma coisa boba, mas que ainda sim é capaz de fazer com que eu queira estrangular o tal falador. Sei que não é nada demais e que eu sou psicótica e fico  me preocupando com coisas pequenas, mas sabe quando alguém, por curiosidade pergunta dos seus últimos relacionamentos e ai quando você fala a duração deles, essa pessoa curiosa apenas diz "ah, mas foi pouquinho tempo". Como assim pouquinho tempo? Quem é você pra me dizer quanto tempo é preciso para algo ter valor? Você nem sabe o que aconteceu pra dizer isso? Nunca leu a frase clichêzinha do Fernando Pessoa? 

Pois bem, esse é uma das coisas que mais me irrita, detesto quando as pessoas julgam algo sem conhecer, o fato do tempo é só uma coisa, tem tantas outras que me irritam quando falam ou quando eu leio. E os textos sobre o amor que adolescentes escrevem por aí, que amor só acontece uma vez na vida, que se acabou é porque não era amor e todas essas coisas, que hoje, eu encaro como sendo de crianças. Não me entenda mal, eu não quero amar se for pra amar uma vez só, pra mim esse amor é utópico demais e como tudo que é utópico, não existe. Já amei antes, várias vezes, e várias outras desamei também, e em todas as vezes era um amor diferente e ainda sim era amor, um amor que deixa um traço e que nunca some de todo, vai virando outras coisas, normalmente saudade. Eu amo tanto e com tanta frequência, que adolescentes ficariam loucas e me chamariam de dissimulada e de fácil, com certeza me chamariam de fácil, mas amar é uma coisa tão gostosa que não acho certo restringir a apenas um amor, que sabe Deus quando vai acontecer, prefiro assim, amar várias vezes e de vários jeitos. Eu amei o mocinho da estalagem naquela viagem, também amei aquele menino que eu chamava de melhor amigo, amei aquele personagem do livro que há muito tempo eu não leio, amei todos os meus namorados, amei aquele cordão que eu não tirava do pescoço e hoje nem sei mais onde está. Amei tudo isso e amei mais, pretendo amar bem mais, amar outro, amar o mesmo, amar rápido, amar devagar. Amar apenas porque o sentimento vale a pena.

As pessoas tem o habito de julgar o jeito que a gente tem de amar e de sentir, falam do tempo que é curto, do amor que não é verdadeiro, da forma que tá errada. Mas todas essas pessoas nunca estiveram no nosso lugar, não quero generalizar, não sabem do que é, talvez nunca sintam. E adolescentes, espero que não se apeguem tanto a esse amor que só vai acontecer uma vez, porque já pensaram se só acontecer com você? Perdeu sua única ficha de amor. 

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