terça-feira, 21 de junho de 2016

Se nem sei o teu nome, como posso eu estar insone?

Eu não deveria estar dizendo isso, eu devia guardar pra mim e manter em segredo, mas eu preciso me esvaziar de alguma forma, antes que exploda. Eu sinto a sua falta. A maioria dos meus amigos me condenaria por isso, não por sentir, mas por te contar e te escrever.

A minha grande questão é que sempre gostei de extravasar o que sinto nas palavras. O português sempre me serviu como canalizador de ideias, escrever me ajuda a definir o que sinto, a organizar a cabeça, colocar tudo no seu devido lugar. Colocar tudo em linhas sempre me ajudou a pensar mais claro, a perceber sentimentos e a localizar uma saída. Não torna nada mais simples e nem mais fácil, só organiza.

Escrever é uma fuga, as palavras sempre fizeram com que o sentir fosse mais leve, mesmo quando escrevo sobre coisas que nada te haver com o que sinto, mesmo quando estou só dizendo que preciso de uma alimentação melhor. E escrever aqui ajuda mais, mesmo que aqui seja aquele ambiente tão condenável da internet, onde nada é permanente e tudo é tão público. 

Pode ser narcisismo de leão, mas gosto de colocar aqui e de pensar que alguém ta lendo e pensando que escrevo bem, que meu jeito é divertido. É como jogar na loteria, sabe? Eu coloco as coisas aqui e fico torcendo pra dar certo e alguém gostar, ou não, quem sabe?

A maioria dos meus amigos me condenaria por contar isso pra você. Mas quem é você? As vezes eu acho que não sei, que você é só uma criação da minha cabeça pra ter motivo pra escrever e endereçar todas as minhas vírgulas. Você pode estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Pode ter uma explicação pra isso e pode ser a coisa mais boba do mundo. Você pode ser tão real quanto todos os trabalhos que preciso entregar, quanto imaginário como as pegadas de unicórnio no meu quintal. Nessa dicotomia talvez eu sinta sua falta só pela necessidade de sentir alguma coisa.

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